Querido Valete,
Esta noite cai dos braços de Morfeus directamente para a Terra real e crua. A queda foi longa e pelo caminho vi um pequeno resumo da minha vida, apercebi.me que sofro de Futurofobia, receio o que está para vir, e não consigo esquecer o passado, estou presa a ele, não gosto desta falta de independência.
A minha personalidade ultimamente tem sofrido algumas metamorfoses, apesar de tudo não as consigo classificar qualitativamente.
A mais recente das personalidades adquiridas pode assemelhar-se a um ramo de salgueiro, esse pequeno ramo, tal como eu, é passível de ser torcido, dobrado e vergado sem nunca se partir! Pergunto-me o que acontecerá quando esta maneira dúctil de ser, se tornar frágil.. Quando o ramo de salgueiro ficar tão familiarizado com os malabarismos, que acaba por fibrosar e vacilar... Quando se partir.
Não estou curiosa em sabe-lo.
Agora que te escrevo Valete, parece que as minhas palavras pairam diante dos meus olhos, tão conpíscuas.. a oferecerem-se para serem alteradas ou eliminadas. Era tudo tão fácil se pudessemos fazer "Alt" "F4" a alguns episódios para pensarmos neles mais tarde, ou até mesmo "Delete" o que tornaria tudo muito mais simples, porém não tão interessante.
O meu passado é o que define o meu hoje e este passeia na minha consciência como imagens caleidoscópicas um tanto deformadas.. I think i'll go the distance.
Rio-me a pensar nisto.
Obrigada por me ouvires Valete.
"It's okay not to be okay (...)
tears don't mean you're losing (...)
just be true to who you are"
Jessie J
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